Eletroencefalograma

Eletroencefalograma – EEG



O que é o exame de EEG?

O Eletroencefalograma (EEG) avalia, de uma forma geral, a atividade elétrica cerebral, analisando os impulsos elétricos amplificados, que são então registrados de forma digital ou em um pedaço de papel.

Quais as principais indicações para realizar um EEG?

As principais indicações do EEG são casos de Epilepsia (convulsões, em geral). O exame, entretanto, pode auxiliar em algumas outras condições neurológicas, podendo fornecer informações importantes sobre a evolução clínica e prognóstico neurológico, tais como: Encefalites (inflamações no cérebro); Coma; Complicações decorrentes de traumatismo craniano; Tumores cerebrais; e alguns tipos de demências.

Existe alguma contraindicação para a realização do exame?

O EEG é um exame não invasivo, indolor e não possui contraindicações (nem mesmo para gestantes). Entretanto, pode ser aconselhado que, caso o paciente possua dermatite seborreica (“seborreia”) grave ou infecções ativas do couro cabeludo, seja realizado seu tratamento específico antes da realização do EEG. Como os eletrodos são grudados na cabeça do paciente, certifique-se de que seu cabelo está limpo e sem óleos, cremes ou loções.

O EEG registra a atividade elétrica cerebral, mas é muito importante ressaltar que nenhum tipo de corrente elétrica é aplicada no corpo do paciente. Caso ocorra algum tipo de crise / convulsão durante a realização do exame, os técnicos prestarão os primeiros socorros.

Existe algum preparo especial para a realização do exame?

Antes do exame, pode ser necessária a suspensão de alguma medicação específica, pelo potencial de interferência na atividade elétrica cerebral, como por exemplo medicações sedativas ou tranquilizantes. Converse, portanto, com seu médico para receber orientações adequadas quanto ao preparo para a realização do EEG.

É aconselhável ainda não ingerir bebidas com cafeína nas 12 horas que antecedem o exame. Em alguns casos, será solicitado o exame com privação de sono, tanto para adultos quanto para crianças, ou seja, o paciente será orientado a passar a noite acordado antes do exame, ou dormir menos que o habitual. O registro do EEG em vigília e sonolência/sono aumenta a sensibilidade do método na detecção de diversas anormalidades.

Em casos de crianças, pode ser orientado que se evite que a mesma tire cochilos antes do exame. Nesses casos de privação de sono, é aconselhável que o paciente não dirija automóveis no dia do exame, sendo prudente solicitar acompanhante para o paciente e/ou outro meio de transporte para o retorno para casa.

Como é feito o exame?

Para a realização do EEG, o paciente deita-se de costas em uma cama, e eletrodos são colocados em seu couro cabeludo, com o auxílio de uma pasta condutora, que ajuda na captação/aquisição dos impulsos elétricos cerebrais. Em alguns casos, são solicitadas algumas provas de ativação, para facilitar a detecção de anormalidades das ondas cerebrais.

Dentre as principais provas de ativação, destacam-se:

  • Hiperventilação (o paciente será orientado a respirar rapidamente por alguns minutos);
  • Fotoestimulação intermitente (o paciente observará uma luz intensa piscar em sua frente);
  • Sono (o paciente dormirá durante o exame) espontâneo ou induzido por medicação.

A duração mínima do exame é de 20 minutos, mas em geral o exame pode durar de 1 a 2 horas. Como se trata de uma avaliação transversal da atividade cerebral, de curta duração, o EEG pode não detectar algumas alterações ocasionais apresentadas pelo paciente e, portanto, pode ter resultado normal, mesmo em pacientes com epilepsia.

Ao término do exame, os eletrodos serão retirados, mas pode ser que algum resíduo da pasta condutora permaneça em seu couro cabeludo ou cabelos, o que será retirado em casa sem problemas.