Doença de Parkinson

Doença de Parkinson



O que é a Doença de Parkinson?

A doença de Parkinson (DP) é uma desordem comum que afeta a capacidade do cérebro para controlar os movimentos. A doença de Parkinson piora progressivamente ao longo do tempo, embora a taxa de piora varie muito de pessoa a pessoa.

Muitas pessoas com DP que são tratadas podem ser capazes de viver anos sem incapacidade grave. Uma série de tratamentos está disponível e poderá ajudar a gerenciar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente.

A doença de Parkinson é mais comum em pessoas com mais de 50 anos, e aproximadamente 1% das pessoas com mais de 60 anos de idade têm DP. Parece haver uma maior incidência da DP em homens do que em mulheres, embora estudos adicionais sejam necessários para confirmar esse dado.

Qual a causa da DP?

A causa da doença de Parkinson não é conhecida. Normalmente, certas células nervosas (neurônios) no cérebro produzem um composto químico chamado dopamina, que ajuda a controlar os movimentos. Em pessoas com DP, esses neurônios lentamente degeneram e perdem sua capacidade de produzir dopamina. Como resultado, os sintomas da DP se desenvolvem gradualmente e tendem a se tornar mais graves ao longo do tempo. Não está claro como ou por que esses neurônios param de funcionar corretamente.

Acredita-se haver algum fator genético como causa, já que aproximadamente 10 a 15% das pessoas com doença de Parkinson têm pelo menos um parente de primeiro grau (pai ou irmão) com a doença. Em pessoas mais jovens (aqueles diagnosticados antes dos 50 anos), mutações genéticas podem desempenhar um papel importante.

A maioria dos especialistas acredita que a doença de Parkinson seja causada por uma combinação complexa de genes e fatores ambientais.

Quais são os sintomas da doença de Parkinson?

No início, a doença de Parkinson causa frequentemente somente sintomas suaves. À medida que piora, os sintomas podem afetar a capacidade de uma pessoa para trabalhar ou fazer atividades diárias e, quando se torna ainda mais grave, as pessoas com a doença às vezes precisam de ajuda para os cuidados básicos.

No início, a doença de Parkinson poderá ocasionar:

  • Tremores (em repouso);
  • Lentificação dos movimentos (denominada Bradicinesia);
  • Rigidez;
  • Instabilidade Postural (com consequente perda de equilíbrio e/ou dificuldade para caminhar).

Com a progressão da doença, o paciente poderá, de forma abrupta, “congelar-se” ou caminhar com passos muito mais rápidos e mais curtos (“festinação”).

Os sintomas geralmente começam em um lado do corpo, podendo passar para o outro lado ao longo de alguns anos.

Com a sua progressiva evolução, a Doença de Parkinson também poderá ocasionar:

  • Perda da capacidade de pensar com clareza (problemas cognitivos e demência);
  • Perda do contato com a realidade ou ver objetos ou pessoas que não existem (psicose e “alucinações”);
  • Depressão e Ansiedade.

A doença poderá até causar problemas com visão, sono, deglutição e muitas outras funções importantes.

Existe um teste para a doença de Parkinson?

Não, mas os médicos geralmente podem dizer se uma pessoa tem a Doença de Parkinson com base em seus sintomas. Às vezes, os médicos usam testes (como por exemplo a análise da resposta às medicações para controle dos sintomas da DP e a solicitação de exames de imagem) para se certificar de que os sintomas não são causados por outra condição clínica.

Qual o tratamento da Doença de Parkinson?

Existem vários medicamentos que podem melhorar os sintomas da Doença de Parkinson, e pesquisas recentes têm estudado medicações que podem evitar a progressão da doença. Entretanto, até o momento, não existe cura para esta condição clínica.

Os medicamentos utilizados para tratar os sintomas da Doença de Parkinson por vezes podem causar efeitos secundários graves. Por esta razão, as pessoas muitas vezes começam a tomá-los apenas após seus sintomas começarem a realmente incomodá-los de forma muito intensa.

Pacientes com doença de Parkinson avançada que não melhora com outros tratamentos podem às vezes obter um tratamento chamado “Estimulação Cerebral Profunda” (também chamado de “DBS”, sigla proveniente do inglês “Deep Brain Stimulation”).

Nesse procedimento, são colocados fios em uma região do cérebro, durante uma cirurgia, para ajudar a controlar os movimentos musculares. Os fios são ligados a um dispositivo que é implantado sob a pele, geralmente perto da clavícula, enviando sinais elétricos para o cérebro para reduzir os movimentos anormais.

O que posso fazer para me sentir melhor?

  • Exercícios físicos ou fisioterapia;
  • Participação em grupos de apoio social;
  • Mudanças estruturais das casas, tornando-as seguras para evitar quedas no domicílio (exemplo, livrando-se de tapetes soltos);
  • Atenção redobrada no trânsito;
  • Educação sobre a doença e seu tratamento.